Por: Carlos Cunha
Todos sabemos que o executivo autárquico viseense, liderado por Almeida Henriques, não olha a gastos na hora de comunicar com os viseenses.

No entanto, desta vez a estratégia de marketing e comunicação empreendida saiu-lhe completamente ao lado.
A história conta-se em rápidas palavras. Almeida Henriques mandou espalhar pela cidade um conjunto de outdoors a publicitar o anúncio de um conjunto de obras. O PS através da sua vereação fez queixa à CNE, que, por sua vez mandou o Executivo Municipal retirar a dita propaganda.
Em acto de vingança Almeida Henriques mandou mudar num ápice as lonas dos outdoors. De repente, toda a cidade ficou a saber que a CNE impediu a Câmara de anunciar as suas obras.
Imagino que no Rossio a reação tenha sido mais ou menos assim:
– Ah, estes malandros da CNE querem mandar em Viseu! Mas quem é que eles se julgam! Logo agora que tinha uns anúncios tão catitas, mostrando que tenho feito tanto por esta cidade!
– Malditos sejam, agora tenho de dizer aos viseenses que não posso fazer anúncios a anunciar que estou a fazer as minhas grandes obras fictícias: como, por exemplo, a nossa nova Central de Camionagem, que mais irá parecer um futuro terminal de um aeroporto, e o Arena das Beiras, que seria inaugurado agora em 2019, mas que pelo andar da carruagem nem no final do mandato ficará concluído.
Mas o ex libris propagandístico foi afixado à entrada da Mata do Fontelo com a seguinte mensagem, ilustrada com a bonita fotografia de um pavão: Estamos a cuidar da Mata do Fontelo. Sete meses depois o facto é que nada se vê.
O povo deu duas maiorias de borla a Almeida Henriques, mas certamente irá acordar a tempo de não lhe dar a terceira.